Motriz, Rio Claro, v.17 n.2 p.244-251, abr./jun. 2011
Artigo Original
Efeito da preensão manual sobre o equilíbrio de judocas
Jonathan Ache Dias 1
Wladymir Külkamp 1
Marcelo Diederichs Wentz 1
Angélica Cristiane Ovando 2
Noé Gomes Borges Junior 1
1 Laboratório de Instrumentação (LABIN), Centro de Ciências da Saúde e do Esporte, Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil.
2 Laboratório de Controle Motor (LADECOM), Centro de Ciências da Saúde e do Esporte, Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil.
Resumo: O objetivo deste estudo foi verificar se existe efeito da preensão manual máxima (o ato de realizar ou não a preensão) sobre o controle do equilíbrio de judocas em postura restrita, além de verificar se existe correlação entre a força de preensão manual (FPM) e o controle do equilíbrio. Foram avaliados sete judocas com um dinamômetro e uma plataforma estabilométrica sendo mensuradas, concomitantemente, a FPM e o centro de pressão (CP). Foi verificado que até 80% da variabilidade do CP pode ser atrelada a preensão manual indicando que a mesma gera perturbações no controle do equilíbrio. Entretanto, foram encontradas correlações (r = 0,348 até 0,816) entre a FPM e o deslocamento do CP. Com isso pode-se concluir que, apesar da preensão manual gerar perturbações no equilíbrio, seu comportamento parece estar relacionado com os movimentos do corpo realizados para manter o equilíbrio, indicando uma possível correlação entre esses fenômenos.
Palavras-chave: Força da Mão. Equilíbrio Postural. Artes Marciais.
Effect of hand grip on the balance of judokas
Abstract: The purpose of this study was to verify if there is an effect of maximum hand grip (the act of performing or not the hand grip) on the balance control of judokas in a restrict posture, and also to verify if there is a correlation between the hand grip strength (HGS) and the balance control. Seven judokas were evaluated with a dynamometer and a stabilometric force platform, being measured, at the same time, the HGS and the center of pressure (COP). It was found that up to 80% of the COP variability was related to the hand grip demonstrating that it generates perturbations to the balance control. However, It was found correlations (r = 0,348 to 0,816) between de HGS and de COP displacement. With that, it can be concluded that, despite the hand grip generating perturbation on the balance, its behavior appears to be related to the body movements performed to sustain balance, indicating a possible correlation between this phenomenons.
Key Words: Hand Strength. Postural Balance. Martial Arts.
http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/motriz/article/view/1980-6574.2011v17n2p244/pdf_98
Grupo credenciado pela EEFE-USP em 2006. Participantes com (1) publicações de livros e artigos em periódicos nacionais e internacionais; (2) atuação na iniciação às modalidades ou com a preparação de atletas de diversos níveis. No 1o semestre de 2013, o foco central do grupo está direcionado para a conclusão de alguns projetos iniciados em 2012, bem como com o início da coleta de dados de alguns projetos de pesquisa.
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- Professor da EEFE-USP; Praticante e Pesquisador de Judô; Preparador físico de atletas de modalidades esportivas de combate.
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quarta-feira, 1 de junho de 2011
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Heim??
ResponderExcluirEsses dias eu li um estudo que observava associação protetora do hábito de fumar para o desenvolvimento do diabetes gestacional... Vou mandar as mulheres fumarem para não desenvolverem diabetes, ou os judocas aumentarem a FIPM para não caírem? ;-)
Fala Fabrício, esse é o problema das correlações...Em geral, tendemos a pensar em causa e efeito...
ResponderExcluirNos falamos.
Fala aí, Emerson.
ResponderExcluirEstive refletindo sobre isto e vc, de novo e de fato, tem razão.
Qual a plausibilidade biológica da relação entre FPM e o deslocamento do CP? hauhauhauha
Mesmo com medidas de força em grupos musculares associados à base de suporte, não foi verificada associação entre força e controle postural... É um tema que rende, pq o inverso pode ocorrer, pois já estudos mostrando aumento de força após treino de equilíbrio (q teoricamente melhoraria o controle postural). Abaixo o resumo q dá suporte à primeira afirmação:
ResponderExcluirGranacher, U and Gollhofer, A. Is there an association between variables of postural control and strength in adolescents? J Strength Cond Res 25(6): 1718-1725, 2011—Is there an association between variables of postural control and strength in adolescents? The risk of sustaining sport injuries is particularly high in adolescents. Deficits in postural control and muscle strength represent 2 important intrinsic injury risk factors. Therefore, the purpose of this study was to investigate the relationship between variables of static and dynamic postural control and isometric and dynamic muscle strength and to find out whether there is an association between measures of postural control and muscle strength. Twenty-eight adolescents participated in this study (age 16.8 ± 0.6 years; body mass index 20.5 ± 1.8 kg·m−2). Biomechanic tests included the measurements of maximal isometric leg extension force (MIF) and rate of force development (RFDmax) of the leg extensors on a leg press with the feet resting on a force platform, vertical jumping force, and height (countermovement jump [CMJ]) on a force plate and the assessment of static (1-legged stance on a balance platform) and dynamic (mediolateral perturbation impulse on a balance platform) postural control. The significance level was set at p < 0.05. No significant associations were observed between measures of static and dynamic postural control. Significant positive correlations were detected between variables of isometric and dynamic muscle strength with r-values ranging from 0.441 to 0.779 (p < 0.05). Based on these models, a 100-N increase in MIF of the leg extensors was associated with 3.9, 4.2, and 6.5% better maximal CMJ force, CMJ height, and RFDmax, respectively. No significant correlations were observed between variables of postural control and muscle strength. The nonsignificant correlation between static/dynamic postural control and muscle strength implies that primarily dynamic measures of postural control should be incorporated in injury risk assessment and that postural control and muscle strength are independent of each other and may have to be trained complementary for lower extremity injury prevention and rehabilitation purposes.