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São Paulo, São Paulo, Brazil
Professor da EEFE-USP; Praticante e Pesquisador de Judô; Preparador físico de atletas de modalidades esportivas de combate.

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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Lesões em artistas marciais

BMC Public Health. 2010 Dec 30;10(1):795. [Epub ahead of print]


Characteristics of martial art Injuries in a defined Canadian population: a descriptive epidemiological study.
McPherson M, Pickett W.

Abstract
ABSTRACT: Background The martial arts have emerged as common activities in the Canadian population, yet few studies have investigated the occurrence of associated injuries on a population basis. Methods We performed such an investigation and suggest potential opportunities for prevention. The data source was 14 years (1993 to 2006) of records from the Kingston sites of the Canadian Hospital Injury Reporting and Prevention Program (CHIRPP). Results 920 cases were identified. Incidence rates were initially estimated using census data as denominators. We then imputed annual injury rates per 10000 using a range of published estimates of martial arts participation available from a national survey. Rates of injury in males and females were 2300 and 1033 per 10000 (0.3% participation) and 575 and 258 per 10000 (1.2% participation). Injuries were most frequently reported in karate (33%) and taekwondo (14%). The most common mechanisms of injury were falls, throws and jumps (33%). Fractures (20%) were the most frequently reported type of injury and the lower limb was the most common site of injury (41%). Conclusions Results provide a foundation for potential interventions with a focus on falls, the use of weapons, participation in tournaments, as well as head and neck trauma.
Acesso ao artigo na íntegra: http://www.biomedcentral.com/1471-2458/10/795

Fico pensando como é que as pessoas se machucam fazendo tai-chi...

Blog do Cruz

Dica do Fabrício e do Fábio:
Com dinheiro em caixa, judô é destaque em pódios internacionais

Enquanto é bombardeada pelos gravíssimos problemas nos aeroportos brasileiros, provocando prejuízo aos usuários, a Infraero dá uma boa notícia para o esporte. A direção da empresa confirmou para 2011 a renovação de patrocínio com a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) pelo sexto ano consecutivo
Surpreendentemente, porém, apesar da evolução da modalidade, com conquistas internacionais importantes, os valores são os mesmos da temporada passada: R$ 1,5 milhão e mais R$ 250 mil para o projeto “Avança Judô”.
Fontes
Os valores totais da receita da CBJ em 2010 ainda não foram divulgados em seu site, mas em 2009 a confederação recebeu R$ 10,2 milhões de patrocínios. Entre os parceiros estão, além da Infraero, o Bradesco, Cielo, Scania e Ticket.
Com outras receitas, como recursos da Lei Agnelo Piva, da qual recebeu R$ 2,5 milhões, a Confederação de Judô teve um faturamento total de R$ 13 milhões, em 2009. Os dados estão no balanço da CBJ.
Além disso, entre 2007 e 2008, o judô teve o caixa fortalecido com R$ 3,8 milhões da Lei de Incentivo ao Esporte.
Resultados
Com dinheiro, os judocas das equipes nacionais tiveram bom desempenho em eventos internacionais, em 2010.
Segundo a assessoria de imprensa da Infraero foram conquistados 258 pódios em 30 eventos disputados, média de 8,5 conquistas por competição. Leandro Guilheiro e Rafael Silva foram os que mais ganharam títulos no exterior, seis cada um.
Análise I
Apesar dos ótimos recursos, com a CBJ registrando superávit de R$ 3 milhões, em 2009, e excelentes resultados das equipes de várias categorias, recebo reclamações de atletas e pais de jovens judocas. Ambos pedem para não serem identificados temendo represálias. Lamentavelmente, isso é normal, estamos no Brasil.
O problema é que o dinheiro concentra-se na preparação de equipes e não chega à iniciação, à base, onde estão muitos atletas prontos para evoluir em suas respectivas categorias. E, sem incentivo, nem sempre podem viajar para competições que lhes garantam evolução no ranking e, assim, aumentar o número de competidores por um lugar no pódio.
Isso se repete na maioria das modalidades olímpicas.
Vou tentar uma entrevista ao presidente da CBJ, Paulo Wanderley, para esclarecer sobre esta questão.
Análise II
O atleta vitorioso – espécie de outdoor ambulante – é uma excelente vitrine para o patrocinador. Entrevistas, viagens, pódios, fama, tudo contribui para dar visibilidade à marca das empresas que investem no esporte.
No caso do judô, e mesmo com o apoio financeiro recebido, nossos atletas carregam um peso a mais em seus uniformes, pois a Infraero é responsabilizada pelo caos nos aeroportos do país, como que se verifica neste início de ano.
E isso ocorre porque os partidos políticos, vorazes devoradores de cargos públicos e com perfis mais para a corrupção do que para a construção, insistem em assumir no lugar de gente especializada. É o que a presidente Dilma quer impor em seu governo, mas o PMDB briga para manter a confusão nomeando seus partidários.
Repercussão
A revista The Economista publicou recentemente reportagem sobre os eventos esportivos no Brasil – Copa e Olimpíada – que atinge diretamente a Infraero, mesmo sem ser citada.
“Em uma conferência em novembro, Giovanni Bisignani, diretor-executivo da International Air Transport Association (Associação Internacional de Transporte Aéreo), definiu a infraestrutura de transporte aéreo do Brasil como um "desastre crescente". E afirmou que se o país quiser evitar uma "vergonha internacional" precisa mudar imediatamente. "Mas não vejo progresso e o relógio está correndo", acrescentou.
Por José da Cruz às 21h12
http://blogdocruz.blog.uol.com.br/arch2011-01-01_2011-01-31.html#2011_01-04_21_12_36-139474431-0