Fla confirma fim do apoio à ginástica e ao judô e só mantém base e escolinha
Diego e Dani Hypolito, Jade Barbosa e Rosicléia Campos perdem patrocínios
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A diretoria do Flamengo confirmou que não renovará os contratos de 28 atletas que compõem a ginastica e o judô profissionais do clube. De acordo com o planejamento feito pelo vice-presidente de esportes olímpicos, Alexandre Póvoa, em conjunto com o diretor executivo da pasta, Marcelo Vido, o Rubro-Negro vai manter as duas modalidades apenas com categorias de base e escolinhas,como aconteceu com a natação. A diretoria afirma que o custo das duas equipes juntas chegava a R$ 2 milhões por ano e que não teve sucesso ao pedir ajuda a duas esferas do governo e ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
- Infelizmente nós estamos sendo obrigados a suspender temporariamente as equipes de ginástica artística e judô. Fomos conversar com a prefeitura, com o governador e com o COB para tentar explicar a situação e tentar uma ponte para 2013. Na prefeitura houve uma discussão mais em torno do futebol. No governo, houve uma ajuda da Loterj para o basquete. No COB só nos foi oferecido apoio logístico, com centro de treinamento, ajuda em construções para o remo e coisas do tipo. Mas nenhum dinheiro vivo nos foi oferecido - disse Póvoa, em entrevista coletiva na sede da Gávea, na manhã desta terça-feira.
Desta forma, o Flamengo deixa de patrocinar oito atletas da ginásticas, dentre eles o bicampeão mundial do solo, Diego Hypolito, além de Jade Barbosa e Daniele Hypolito. No judô, 19 lutadores, incluindo João Gabriel Schlittler, Breno Viola e Nacif Elias, perdem as ajudas de custo que recebiam. A técnica da seleção brasileira feminina, Rosicléia Campos, também ficou sem o emprego. O único caso pendente é o da atleta olímpica Érika Miranda. O Fla ainda estuda se mantém o contrato, válido até maio, antecipa a rescisão. No ano passado, a equipe feminina de judô conquistou o título inédito do Grand Prix Interclubes.
O clube, no entanto, assumiu o compromisso de quitar os três meses de salários atrasados. Aqueles que recebiam vencimentos mais baixos deverão receber as quantias em dois ou até três meses, enquanto os donos dos maiores salários poderão esperar até 18 meses para embolsarem as quantias a que têm direito.
O clube, no entanto, assumiu o compromisso de quitar os três meses de salários atrasados. Aqueles que recebiam vencimentos mais baixos deverão receber as quantias em dois ou até três meses, enquanto os donos dos maiores salários poderão esperar até 18 meses para embolsarem as quantias a que têm direito.
Dos esportes olímpicos, apenas o remo, por exigência estatutária, o pólo aquático e o nado sincronizado, com baixo custo, e o basquete, com patrocínio próprio, serão mantidos. Mesmo admitindo que o time, líder da atual edição do NBB, ainda está em déficit, Póvoa garantiu que não há risco do fim da equipe e ressaltou que se trata do segundo esporte do clube atualmente.
No fim do ano passado, após a vitória de Eduardo Bandeira de Mello na eleição presidencial do clube, a nova diretoria já havia anunciado o fim da equipe de natação, que tinha como expoente o campeão olímpico e bicampeão mundial Cesar Cielo, além de Nicholas Santos, Leonardo de Deus, Thales Cerdeira e Henrique Barbosa, antigos membros do P.RO.16. Segundo Póvoa, o plantel gerava um custo de R$ 5 milhões anuais para o Flamengo.
Em novembro de 2012, o ginásio Cláudio Coutinho, onde a equipe de ginástica treinava, foidestruído por um incêndio. Desde então, os ginastas vinham utilizando as instalações do Velódromo, que, entretanto, fechou as portas no último dia 8 de fevereiro. O local será demolido para a construção de um novo, já que não atende aos requisitos necessários para receber as Olimpíadas de 2016. Sem o Velódromo, os atletas do masculino passaram a treinar em São Paulo, e do feminino, em Três Rios, interior do Rio de Janeiro.
Esportes olímpicos do Fla entre altos e baixos nos últimos anos
Os esportes olímpicos do Flamengo passaram por outras crises na última década. Em 2009, a gestão de Márcio Braga anunciou não ter verbas para renovar os contratos dos esportes olímpicos, exceto o remo e o basquete - o primeiro é uma obrigação assegurada pelo estatuto do clube, e o segundo tinha patrocinador próprio. O desgaste foi enorme com os principais nomes da ginástica, mas um acordo com a prefeitura de Niterói, no estado do Rio de Janeiro, apareceu como salvação. A ajuda de R$ 80 mil mensais, no entanto, nunca foi dada, já que problemas burocráticos emperraram o acordo. O grupo ficou quase um ano sem receber salários, apenas utilizando a estrutura física disponível.
Os esportes olímpicos do Flamengo passaram por outras crises na última década. Em 2009, a gestão de Márcio Braga anunciou não ter verbas para renovar os contratos dos esportes olímpicos, exceto o remo e o basquete - o primeiro é uma obrigação assegurada pelo estatuto do clube, e o segundo tinha patrocinador próprio. O desgaste foi enorme com os principais nomes da ginástica, mas um acordo com a prefeitura de Niterói, no estado do Rio de Janeiro, apareceu como salvação. A ajuda de R$ 80 mil mensais, no entanto, nunca foi dada, já que problemas burocráticos emperraram o acordo. O grupo ficou quase um ano sem receber salários, apenas utilizando a estrutura física disponível.
Patricia Amorim, então vice-presidente de esportes olímpicos, foi substituída por João Henrique Areias no cargo, e os problemas no basquete foram evidenciados. O novo dirigente montou um projeto para oferecer a equipe a uma cidade do estado do Rio de Janeiro e vender cotas de patrocínio a pessoas físicas e jurídicas do município, com o objetivo de arrecadar R$ 150 mil por mês. Areias conseguiu um patrocínio, colocou os salários em dia e fechou acordo com a Arena da Barra para mandar os jogos da final da primeira edição do Novo Basquete Brasil (NBB). O time sagrou-se campeão mas, no dia seguinte ao título, Areias desligou-se do cargo.
A eleição de Patricia como presidente do Flamengo, empossada em janeiro de 2010, fez osinvestimentos em esportes olímpicos crescerem. A mandatária negociou dívidas com salários da ginástica, fechou novos patrocínios para o basquete e investiu na natação, contratando Cesar Cielo como carro-chefe de uma equipe que contava ainda com Joanna Maranhão, Nicholas Santos, entre outros.
Patricia Amorim entre Cielo e Nicholas Santos: fim da gestão, fim dos contratos (Foto: Satiro Sodré / Agif)
Desde a eleição de Bandeira de Mello, porém, os cortes começaram. Novo vice-presidente de esportes olímpicos do Flamengo, Alexandre Póvoa anunciou que os contratos que venciam em 31 de dezembro de 2012 não seriam renovados, mas garantiu que os salários atrasados – segundo ele, dos três meses anteriores -, seriam quitados pela nova gestão. Em janeiro, foi a vez do lutador de MMA José Aldo parar de usar o escudo do clube. O campeão peso-pena do UFC, porém, não descarta retomar o acordo no futuro.
Fonte: http://globoesporte.globo.com/outros-esportes/noticia/2013/03/fla-confirma-fim-do-apoio-ginastica-e-ao-judo-e-so-mantem-base-e-escolinha.html?fb_action_ids=10152620680385333&fb_action_types=og.recommends&fb_source=other_multiline&action_object_map=%7B%2210152620680385333%22%3A164741537012134%7D&action_type_map=%7B%2210152620680385333%22%3A%22og.recommends%22%7D&action_ref_map=%5B%5D
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